O Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), por meio do Centro Integrado de Atendimento às Vítimas de Acidentes (Ciava), está prestando consultoria às vítimas do incêndio de Janaúba (MG).
A tragédia em Minas Gerais aconteceu na manhã desta quinta-feira, depois que o vigilante da creche Gente Inocente, Damião Soares dos Santos, 50 anos, trancou as portas da escolinha e jogou gasolina em crianças e em si próprio antes de atear fogo no próprio corpo. Além do autor do incêndio, morreram cinco crianças, todas com 4 anos, e uma professora que tentava salvá-las. Havia 60 crianças no local no momento, 30 estão feridas.
Nove crianças foram transportadas de avião para o Hospital João 23, em Belo Horizonte, que é referência no tratamento de queimaduras. Duas professoras da creche, de 63 e 42 anos, estão sendo levadas de Janaúba a BH na manhã desta sexta-feira. Outras 19 crianças, com idades entre 1 e 6 anos, foram levadas a Montes Claros, no norte de Minas, onde recebem tratamento. Uma adulta de 23 anos também é atendida na cidade. Há ainda 30 pessoas feridas, entre militares e vizinhos, que participaram do resgate e precisaram de atendimento médico devido a queimaduras leves e inalação de fumaça. Outras 12 crianças estão em observação no Hospital Regional de Janaúba pelas mesmas razões.
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Conforme a assessoria de comunicação, o Husm enviou os protocolos de pneumologia e psiquiatria para orientar os pacientes e profissionais da cidade mineira. Também foi criado um grupo no WahtsApp, com troca de informações 24 horas. A mobilização começou ainda na quinta à noite, por telefone, depois que algumas crianças já haviam recebido alta hospitalar, mas tiveram de retornar devido à intoxicação, algo bem semelhante com o que aconteceu em Santa Maria em 27 de janeiro de 2013, após a tragédia da Boate Kiss que fez 242 vítimas e mais de 600 feridos.
A pneumologista do Husm, Grazielli Lidtke especialista em casos de inalação e intoxicação por fumaça, estava em licença maternidade e voltou para dar assistência. Desde as 22h de quinta, prestou ajuda por telefone, permanecendo por cerca de horas em ligações. Marisa Bastos, coordenadora do do Ciapa, media os trabalhos entre os dois estados.
*Com informações da Folhapress